─ Algum problema?
Ele não respondeu, apenas permaneceu lá, com
as costas arqueadas, o torso a ponto de despencar sobre os joelhos, parecendo
apoiado apenas pelos braços, abandonados sobre as pernas, com as mãos cruzadas.
Uma lágrima descia preguiçosa por seu rosto. Estava indiferente à gente que
passava naquele momento na rua Maciel Pinheiro. Eram 7h20 da manhã.
─ Moço, posso ajudar?…
Tocou-o nas costas. Ele virou-se lentamente,
soerguendo a cabeça. Fitou-a profundamente nos olhos. Ensaiou um sorriso, ainda
que forçado, contorceu as sobrancelhas. Como que contando as palavras e de um
modo que parecia querer lançar-lhe uma repreensão, disse:
─ Ninguém pode me ajudar...
Voltou na mesma velocidade para a posição em
que se encontrava anteriormente. Um friozinho persistente chegava mesmo a
incomodar. Não chovia naquele momento, mas era junho e, a qualquer momento... À
noite fora aquela coisa: ela deitara-se sob dois lençóis e, mesmo assim, os
ossos das pernas doíam. Mas depois, cama acostumada ao corpo, fora aquele sono
gostoso toda a noite.
Puxou a manga do casaco um pouco mais acima
do punho, olhou impaciente a porta da loja. Essa hora que não chega... Nunca
quisera tanto o início do expediente. Nenhuma colega por perto, só o movimento
das pessoas crescendo minuto a minuto. Como chegara cedo! Podia ter aproveitado
mais o sono. Levantara a tanto custo... Mas, temendo pegar novamente no sono,
decidira sair da cama de uma vez por todas.
Naquele banco, com acentos em forma de
cadeira, havia espaço para três. Somente ela e o rapaz estavam ali, cada um
numa extremidade, sua bolsa guardando o lugar da colega no acento do meio. O
que havia com ela que custava tanto?
Quando chegara ali, o rapaz já estava. Bem-vestido,
camisa polo cor de vinho, calça jeans preta, sapato marrom com polimento,
indicando pouco uso. Mesma posição havia tempo. Olhar perdido, embora fixo na
região da rótula do joelho. Um raio de sol surgia entre as nuvens.
─ Campina é engraçada, você nunca sabe com
que roupa deve sair de casa...
Disse fingindo que falava sozinha. Nenhuma
resposta.
─ Um solzinho às vezes é bom pra animar a
gente, não é?
...
Parecia desistir. Abriu a bolsa, pegou uma
barra de cereais. Banana com chocolate. Começou a comer, o relógio marcando
vinte para as oito. Estava decidido, iria sim para a festa no dia seguinte. A
vida continuava, não deixaria de ir temendo o indesejado encontro. O outro que
fosse, se quisesse. Ela faria sua parte, evitaria a menor aproximação. Sim, com
certeza ele estaria lá, mas isso não a empataria de se divertir. Não naquele
momento.
Olhou novamente o rapaz do lado. Nova
lágrima? Que droga...
─ Você não aceita? ─ Estendeu com tamanho
ímpeto o cereal já na metade que por pouco não o atingiu no rosto. Teria sido
muito invasiva?
─ Olha, você não tem que tentar me ajudar. É
coisa minha... ─ O olhar firme, embora inexpressivo, pareceu lançar contra ela
um golpe.
─ Desculpa, não precisa ser tão grosso, só estou
preocupada com você. É crime ser minimamente humana com alguém? ─ Tentou
disfarçar o tom persuasivo de seu protesto.
Ele a olhou novamente. Relaxou as sobrancelhas,
desviou o olhar para a boca, meio que esperando que ela dissesse algo mais. Voltou
a olhar para seus olhos antes de, enfim, evadi-lo novamente para a rua. Olhou-a
de novo... Ela não entendia tamanha confusão, um aparente desespero no conjunto
das atitudes. Quanto sofrimento havia naquele moço?
─ Me desculpe, sinceramente. Eu não estou
muito bem... ─ Ele falou, enfim.
─ Percebe-se! Caso você estivesse aí com um
sorriso nos lábios ou lendo um jornal eu com certeza não o teria incomodado!
Silêncio. Ele retornou à posição inicial,
agora possivelmente envergonhado. Ela, sentindo que talvez tivesse exagerado,
terminou amargurada o cereal.
─ Você tem ido ao São João este ano? A festa
está a cada dia melhor, não acha?
─ Realmente, você não vai desistir, não é?!
Ele falou sorrindo, desta vez com uma grande
sinceridade no olhar, expressão serena, parecendo mesmo começar a se divertir
com a situação. Mas inegavelmente estava fatigado, abatido. De qualquer forma,
ela não pôde deixar de notar que era bonito e jovem. Não passaria, com certeza,
dos 30, 32.
─ Com certeza não! Não me considero uma
pessoa muito curiosa, isso acredito que eu seja na medida certa, mas seu caso, digamos...
me interessou.
─ Você se interessa pelo sofrimento alheio?
─ Não seja bobo! Mas você vai concordar que
chama a atenção o fato de alguém vir chorar numa sexta-feira de manhã, com todo
esse frio, sem agasalho algum, num banco no centro da cidade.
Os dois riram.
─ Não quero te desestimular, mas posso
afirmar que não há nada de interessante nos motivos que levam alguém a tomar
este tipo de atitude.
Ela corou.
─ Nossa, desculpe-me, não quis dizer isso...
Meu Deus! Como fui estúpida...
Ele cristalizou o olhar por alguns segundos
em seu rosto aflito.
─ Não, imagina! Eu é que devo me desculpar.
Você está sendo tão gentil comigo e eu te trato desta forma... Perdoe-me!
Ela olhou para o relógio. 7h45. Não chegam
hoje para abrir essa loja? Aquela conversa, definitivamente, já não lhe deixava
muito confortável. O sol, novamente escondido atrás das nuvens, parecia não
querer reaparecer tão cedo. Droga de clima!
─ Você trabalha aí?
─ Ah, você também se interessa pela vida
alheia? ─ Sorrindo, mas com um gostinho de vingança.
─ Olha, você vai concordar que chama atenção uma
funcionária que chega ao trabalho quarenta minutos antes do início do
expediente numa manhã tão fria e fica sentada num banco qualquer olhando o
comportamento das pessoas ao lado.
─ Ah, então você agora vai dar uma de engraçadinho,
é?
Risos. Realmente, era muito bonito o rapaz e
ela não conseguia disfarçar seu interesse. Mas não era necessariamente um
interesse físico, era algo maior. Afinal, que mistério ele carregava? De onde
viria sua amargura? Melhor, de onde viria ele próprio? O que faria ali sentado,
com tamanha expressão de tristeza. Teria passado a noite em claro?
─ Sabe, acho que você conseguiu o que queria.
Já arrancou de mim uns sorrisos e, por alguns momentos, eu até esqueci...
Interrompeu imediatamente o que ia dizer. Ela
percebeu sua aflição. Sentia pena. O que seria, meu Deus?
─ Fico feliz por ajudar, seja o que for que você
esteja sentindo. E parece ser grave.
Foi muito mais um pedido de explicações que
propriamente uma afirmação. Mas a explicação não veio. Quem veio foi o Sr.
Nogueira, já com as chaves da loja balançando...
─ Finalmente! ─ Ela disse, com um gesto
imitando um agradecimento aos céus.
─ Bom, parece que sua hora está chegando. É
uma pena!
─ Uma pena? Mas por quê? Bom, deixa pra lá!
Mas, já que estavas gostando de nosso papo, a gente pode se ver depois, o que
você acha?
─ Acho uma ótima ideia! Posso vir te buscar
no final do expediente?
─ Hoje ainda? Mas você...
─ É preciso que seja hoje! Depois eu lhe
explico o motivo.
─ Tá, tudo bem, mas seria assim que eu saísse
da loja?
─ Seria o ideal para mim.
─ Ok, então às 18h!?
─ Perfeito. Passarei aqui...
Ela não sabia por que, mas achava bom vê-lo
feliz. E era assim que ele estava: feliz. Com certeza ele também deve ter
gostado dela. Mas sua cabeça entregou-se por um tempo a várias conjecturas.
Seria mesmo adequado marcar para sair com um estranho, uma pessoa misteriosa
que ela conhecera na rua? Por que não se recusara, sob um pretexto qualquer? O
fato é que estava decidida a saber mais sobre ele e, quem sabe, ajudá-lo.
Precisava saber o que o preocupava. Aquilo era maior que qualquer desconfiança.
Sim, iria ajudá-lo. Sorriu, quando pensou que um amor poderia ser a solução. Se
ela seria esse amor, aí eram outros quinhentos. Mas, quem sabe?...
Quatro meses no novo emprego e sua empolgação
só aumentava. Não era nada relacionado com sua graduação, mas a psicologia
poderia esperar algum tempo. O que importava mesmo era sua independência
financeira, deixar de depender tanto dos pais, que, afinal, não tinham tanta
condição assim de bancar a casa e ainda duas moçoilas já na casa dos vinte e
poucos. Além disso, ganhara a confiança do Sr. Nogueira, de modo que há algumas
semanas fora escolhida para fazer com ele o fechamento geral da loja,
diariamente. Os minutos que excediam seu expediente garantiam um bônus salarial
estava sendo providencial para custear as despesas da faculdade. Estava feliz
ali, pelo menos por enquanto.
E o outro, o seu ex, como estaria? Tomara que
tivesse aprendido a lição; ela não estava naquela relação para servir de
palhaça. O melhor mesmo seria entrar em outra, investir numa pessoa de caráter.
No sábado, na festa, ele veria se ela ao menos lhe dirigiria a palavra. Naquele
momento, uma ideia vem à sua cabeça. E se ela convidasse o rapaz que conhecera
naquela manhã para ir à festa? Nossa, essa sim, seria a vingança perfeita!
O tempo passara rápido e logo chegou o fim do
expediente. Saiu às 18:36. Esquecera-se de dizer ao rapaz que nunca saia às 18h
em ponto. Ninguém a estava esperando. Por toda a rua as lojas fechadas, o fluxo
de pessoas já diminuindo, alguns caminhões repondo o estoque da loja da
esquina. Será que ele já tinha ido embora? Teria pensado que ela estava apenas
querendo brincar com seus sentimentos? Aguardou alguns minutos, a rua Maciel
Pinheiro cada vez mais vazia, a noite fria ganhando forma, a chuva ameaçando começar
a cair. Perdera a carona que o Sr. Nogueira lhe dava até o ponto do ônibus e,
agora, já estava um pouco preocupada, a rua ficando perigosa para ela sozinha.
Num momento em que ela estava distraída,
pensando em desistir da espera, foi surpreendida por uma buzina. Um carro
estacionado a sua frente. Nossa, de repente! O vidro baixara, deixando-a ver o
rapaz. Mas, como... A mesma roupa, a mesma cara abatida... Não teria ido
para casa?
─ E então, não vem?
─ Claro... ─ Entrou no automóvel com o cenho
franzido, quase a ponto de desistir. ─ Você não foi em casa?
─ Não. Na verdade, nem pensei nisso.
─ Como assim? ─ Algo lhe veio à mente. ─
Deixa eu ver se adivinho: você é casado, seu problema é conjugal e você não
quer nem pensar em ver sua esposa nesse momento... Acertei? ─ Arrependeu-se
imediatamente de suas palavras tão invasivas e, de certa forma, tinha algum
medo de ouvir a resposta.
─ Não, não sou casado.
─ Então, já posso saber o que há com
você?
─ Olha, me desculpa! Eu sei que estou não
estou sendo claro, mas pode ter certeza de que as coisas também não têm sido nem
um pouco claras para mim. Acredite, foi bom encontrar você, que tem se mostrado
disposta a me ouvir. Acho que preciso me abrir com alguém, já não consigo
sofrer tanto sozinho!
─ Meu Deus, então fala logo! Eu já estou
ficando assustada.
─ Pode ter certeza, isso é apenas o começo. O
fato é que há anos eu venho sendo atormentado por um sonho.
─ Um sonho?
─ É, um sonho terrível.
─ Ah, para! Você deve estar brincando, né!?
Ela sorria, embora na verdade estivesse
bastante confusa. Os olhos fixos no rosto dele, que dirigia de forma tensa, e
ela se deu conta de que ainda não perguntara para onde iam. Mas sua curiosidade
estava voltada agora para outra coisa. Como assim um sonho?
─ Não, não é brincadeira! É a mais pura verdade.
Todas as noites tenho sonhado que, de repente, acordo num lugar estranho. Mas
esse lugar nunca é igual, muda-se a cor, a forma, os seres...
─ Como assim?
─ Às vezes são mortos vivos, outras são
animais... Já cheguei a sonhar que estava num porão escuro cercado por cabras,
elas sangravam pelos olhos, e o sangue inundava aos poucos o ambiente, até que
eu me afogava. Nesse momento, eu acordei. Mas meu espanto foi ainda maior:
Quando olhei para o meu lençol ele estava manchado de sangue.
─ Me desculpa, mas isso é inacreditável. É
muito surreal!
─ Não, isso é REAL! Sempre acordo com alguma
marca que tenha relação com o sonho, com um objeto... Outra vez sonhei que
estava numa sala repleta de loucos, pessoas que queriam me tocar, me abraçar,
me bater... Eu estava desesperado, a sala era ampla e, embora houvesse uma
porta atrás de mim, por onde eu entrara, eu não parava de avançar, em meio
àquelas pessoas, vencendo-as aos empurrões e socos, até que cheguei a um grande
círculo central pintado no chão, onde havia uma caixa. Mesmo temendo o que
poderia encontrar eu não conseguia conter minha curiosidade, minha ânsia... Eu
tinha medo, mas sentia prazer em buscar descobrir. Fui até a caixa, abri-a. Lá
estava um revólver. Do lado, um bilhete, dizendo “uma só bala. Você arrisca?”
Arrisquei. A arma disparou e eu acordei segurando um revólver igualzinho ao do
sonho. Até hoje tenho ele guardado no meu apartamento. Para a minha sorte eu
sempre morro nos sonhos, pois se der algo errado e eu conseguir escapar da morte,
eu ficarei preso no outro mundo, eternamente atormentado.
─ Como você sabe disso?
─ Não tenho certeza. É apenas uma suposição. Mas
não pode ser por acaso que eu acorde sempre após a morte e, mais que isso, que
traga algo daquele mundo para cá. Por vezes me pego pensando em tudo isso e o
que posso fazer é tentar encaixar as peças. Às vezes penso que as pessoas e
seres que encontro nos sonhos estão na mesma situação que eu. Quer dizer, tudo
parece tão real. ─ Ele tirou a mão direita do volante e segurou a esquerda dela
com força. Ela não pôde deixar de notar o quanto ele tremia.
─ Calma, isso no fundo é apenas coisa da sua
cabeça. Olha, eu estudo psicologia, posso tentar te ajudar.
─ O que eu tenho vivido vai muito além do que
a ciência pode explicar. Será que você não entende? ─ O olhar dele transmitia
um pânico que a fez arrepiar-se. Notou o quanto estava embargada a voz que lhe
saia rapidamente da boca trêmula. ─ Também não sei como entrei nessa, nem como
posso sair. Só sei que tenho medo de um dia estar sonhando e superar minha
curiosidade, não ir além, desistir no meio do sonho daquilo que estava me
atraindo. Se eu escapar da morte posso ficar preso ali para sempre. Para fugir
disso tudo, tenho evitado dormir, ontem mesmo, não fui para casa. Fiquei ali no
banco, passei a noite em claro. Por vezes pensei que tinha cedido ao sono, mas
não, permaneci acordado. É apenas um pequeno alívio para mim. Não posso ficar
para sempre acordado.
Ela reunia em si um misto de desconfiança e
medo. Seu olhar cristalizado e gélido fixava-se nos olhos do rapaz.
─ Eu tenho tentado me abrir para as pessoas,
mas todos aqueles a quem tenho contado minha história se afastam, eu nunca mais
os encontro. Devem sair do trabalho, mudar de endereço, tudo para fugir de mim.
Todos devem me achar um louco, um psicopata. Mas eu não sou, não sou nada disso!
─
Ele tremia cada vez mais. O carro começa a
oscilar, quase ziguezagueando na avenida. ─ Eu devo realmente fazer muito mal
às pessoas que me rodeiam... Sorte minha que...
─ Para o carro!
─ O quê?
─ Para o carro, eu quero descer!
─ Mas, por quê? Eu pensei que você quisesse
me ajudar...
─ Para a droga desse carro que eu quero
descer, porra! – A expressão dela era de fúria e ao mesmo tempo pavor. – Você
está a ponto de causar um acidente e eu não conheço esse bairro, onde estamos?
Eu não notei que você já tinha saído do Centro.
─ Ora, mas você não notou porque estava
interessada na minha história. Esquece que foi você quem insistiu para saber da
minha história?
─ Mas eu não quero mais saber, você está
louco!
─ Você vai ficar num bairro que não conhece?
Eu também não sei onde estamos, mas quero descobrir. Venha comigo.
─ Não, eu quero descer!
Ele parou o carro. Ela desceu rapidamente e,
ainda desgovernada, quando ia atravessar a rua, ouviu um barulho. Olhou na
direção do carro do qual acabara de sair e pôde ver apenas uma luz projetando-se
em direção ao automóvel. Novo estrondo, desta vez bem maior. A luz tomou o
carro, tomou a rua, tomou o mundo. Tomou-a também.
─ Meu Deus, ele bateu! ─ Disse fechando os
olhos, para proteger-se dos raios incandescentes.
Tornou a abrir os olhos. Olhou em direção ao
carro batido, a parte frontal totalmente destruída, um fio de sangue escorria
pela rua. Ele morreu! Teve sorte de sair antes, de ter escapado. Notou que não
estava com sua bolsa. Acabara deixando-a no carro. Aproximou-se um pouco, mas
não distinguia nada lá dentro. Parecia apenas um monte de ferro retorcido. Era
noite e chovia. Sentou-se num banco que viu na calçada. Meu Deus, como parece
com o da Maciel Pinheiro! Mas, onde estaria? Passavam na rua vários rapazes
chorando e, de repente, todos se voltaram para ela, agarrando-a, pedindo ajuda.
Ela perguntava onde estava, onde poderia
tomar um ônibus, onde ficava o terminal. Nenhuma resposta. Parecia não haver
horizonte naquele lugar, só uma bruma cinzenta rodeando a rua. Cada vez mais
rapazes chorando chegavam aos seus pés, puxavam-lhe os cabelos, rasgavam sua
roupa e, pouco a pouco, foram cobrindo-a, sufocando-a com seus lamentos. E
assim ela ficou, aquela noite, a seguinte e as demais, numa terra sem dia.
...
Outro dia, viram em algum ponto da cidade um
rapaz, sentado num banco qualquer, com a cabeça baixa e chorando. Duas moças
também estavam no banco. Uma delas, que acabava de falar ao celular lhe
pergunta alguma coisa...